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[Ensaio VIP] Leandra Leal, desejo sagaz

Um conversível, uma paisagem inebriante, uma mulher dos sonhos. Peça carona, leitor, sente-se ao lado dela neste carro e boa viagem.

 ENTREVISTA 

Perto de completar 30 anos (em setembro), Leandra Leal está protagonizando a novela das 7 da Globo, Cheias de Charme, trabalho que exige dedicação quase exclusiva.

O tempo e a disposição que ela arranjou para fazer as fotos foram raros momentos de descanso, que poderiam ser aproveitados com um bom sono, mas que ela topou gastar ficando tremendamente gata para você.

O único tempo que a Leandra conseguiu para uma boa conversa (e a conversa, como você vai ver, foi excelente) foi no carro, a caminho do Projac, às 8h da matina, seis horas antes de estas mesmas páginas serem enviadas para a gráfica. 

Na entrevista, ela explica como está lidando com esse ritmo alucinante de trabalho, revela seus próximos projetos, conta os reveses da superexposição e ainda diz por que não vê problema nenhum em ficar nua na frente das câmeras (desde que seja por um bom motivo).

Ah, ela também faz questão de esclarecer que é uma moça casada.   

Como está sendo o seu ritmo de trabalho, agora que é protagonista de novela?

Bem intenso. Essa é a novela mais puxada que já fiz. Tem um tempo de preparação muito grande, por causa das aulas de violão, de dança, de canto.

Mas está sendo superprazeroso. Estou adorando ter a oportunidade de aprender a tocar violão e cantar, está sendo ótimo.

Você já sonhou ter uma banda? Quando adolescente, talvez? 

Então, nunca quis ter banda, sempre fui da galera do teatro, desde novinha.

Mas, com as aulas de violão, agora percebo o quanto quem toca mantém uma relação prazerosa com o instrumento.

Durante a primeira sessão de fotos para a VIP, quatro paparazzi apareceram e até seguiram de moto o conversível que usamos no ensaio. Como você lida com esse assédio?

Nunca fui muito assediada, até porque não tem paparazzi nos lugares que eu frequento no Rio, o centro, por exemplo. Eles estão mais no Leblon, em pré-estreias.

No caso do ensaio da VIP, o cara foi um mala, ele realmente atrapalhou o trabalho que a gente estava fazendo ali, foi uma falta de consideração com toda a equipe.

Parece que estava até tendo prazer nisso, de ser erva daninha. Se nas fotos do paparazzo eu pareço gentil com ele, é porque foi uma estratégia que pensei com a equipe, do tipo “tira a foto e vai embora”.

Mas nem assim ele ficou satisfeito. Tem gente que curte ser estraga-prazer, ser do mal.

Recentemente, o diretor Daniel Filho disse que você “é uma das atrizes mais completas” da sua idade. Como foi receber esse elogio? 

Fiquei superfeliz. Ele é muito importante na minha carreira e na minha vida.

Dirigiu meu primeiro trabalho profissional, em Confissões de Adolescente, eu tinha 10 anos na primeira temporada.

 

Você não costuma ser associada com o estereótipo de “atriz gostosona”, apesar de, bem, hum, se encaixar perfeitamente nele, tanto na novela quanto nos ensaios para a VIP.  O que acha do rótulo?

Não tenho essa preocupação de buscar ser assim. As pessoas têm muita preguiça de enxergar o ser humano como uma pessoa, é muita febre de prateleira, você quer catalogar todo mundo: “Ah, essa é a gostosona, ah, essa é a tímida”.

Fujo disso como o diabo da cruz. Meu único objetivo é ser considerada uma boa atriz e pronto.

No filme Nome Próprio, você fez uma das suas personagens mais intensas, tanto pelo fato de ficar nua na tela, quanto pela verborragia e comportamento da Camila. Foi uma preparação difícil?

O filme marca uma passagem para a vida adulta, tanto da personagem quanto minha. Mas, desde muito nova, tive isso de ficar nua em cena como um desafio.

E eu não tenho nenhum problema em ficar nua em cena. Também sou filha de uma outra geração, em que a relação com o corpo era mais natural. A nudez em Nome Próprio não é provocativa, gatinha, é muito mais natural.

Mas eu acho que tem que estar a serviço de alguma coisa, a imagem de um corpo nu é muito forte, o autor tem que saber como usar.

E acho lindo a imagem de um corpo nu, em cinema funciona para caramba, há cenas de sexo no cinema que são lindas.

Cite uma favorita sua.

Que eu lembre agora, a cena das bundas de Carne Trêmula [filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, de 1997]. Acho foda.

 

Claro que são situações bem diferentes, mas é mais difícil encarnar uma mulher sensual para o ensaio da VIP ou ficar nua num papel dramático?

No ensaio, você tem que encarnar uma personagem também. O [Jorge]Bispo [fotógrafo dos ensaios de Leandra] também é amigo meu, o que ajuda um pouco.

No ensaio, a única preocupação que eu tenho é de ficar uma coisa bonita. Se ficar uma coisa vulgar, periguete, para que fazer? 

Dos dois ensaios, qual o seu favorito?

As fotos da estrada foram as minhas favoritas, esse é o ensaio que eu curto mais, acho mais a minha cara.

Você está tendo a oportunidade da sua vida de fazer esse tipo de coisa, de ter fotos tão bonitas e bem produzidas desse jeito.

Mostra para as amigas e todo mundo diz: “Ai, que maneiro ter uma foto dessas nesse carro, na estrada, com essa maquiagem”. É muito bacana mesmo.

Você é bem ativa politicamente. Acha que a exposição do seu trabalho ajuda a ampliar o que tem a dizer ou você prefere manter as duas coisas separadas?
Acho que os dois são bem misturados e quero mesmo é manter assim. Eu não quero ser só uma referência de consumo, mas também uma referência ideológica.

Sempre fiz questão de falar em quem eu vou votar, por exemplo. Nessa questão do código florestal, também dou minhas opiniões.

Às vezes, eu recebo muita paulada, no Twitter mesmo, porque tem muito reacionário e careta no mundo, na internet é fácil isso acontecer, por causa do anonimato.

No Brasil, tem essa participação menor entre alguns artistas. Mas acho que você tem que se posicionar, sim, você tem um poder que pode utilizar, e eu acho uma besteira desperdiçar.

A segunda sessão de fotos para a VIP foi feita durante a madrugada, depois de um longo dia de gravações para a TV. De onde tira tanto gás?
Eu gosto muito de trabalhar. A minha felicidade é extremamente ligada à minha produtividade, aos trabalhos que eu estou realizando e a como eu me desenvolvo criativamente. 

Eu coloco na minha cabeça:“Eu não vou ficar cansada agora, não posso ficar cansada”. Eu medito também, e durmo pouco, mas isso é por uma questão biológica mesmo.

Medita há quanto tempo?
Alguns amigos faziam, vi que os resultados eram legais e daí eu fui atrás.

É muito bacana, isso da concentração, da respiração, me ajuda bastante mesmo.

Faço há um ano e meio. Mas é uma coisa muito pessoal, cada um tem uma experiência sobre isso. 

Fale um pouco sobre o seu novo filme, O Uivo da Gata.
Esse filme faz parte da Operação Sônia Silk, que é um coletivo de cinema que está fazendo uma série de três longa-metragens pela minha produtora, a Daza. 

A ideia é fazer três filmes com a mesma equipe e os mesmos atores, por um orçamento baixíssimo. Com R$ 120 mil, já filmamos O Uivo da Gata e Pertences.

Estou muito feliz com esse projeto. Estou produzindo e é a primeira vez que me envolvo em todas as etapas de um filme.

Leandra Leal
 (Jorge Bispo/Revista VIP)

Você protagoniza uma cena de sexo com a Mariana Ximenes nesse filme. Conte um pouco como foi essa experiência.
Não foi nada demais. É uma cena de sexo em que não aparece nenhuma parte do corpo de nenhuma das duas.

O filme realmente conta uma história de amor que, como toda história de amor, tem sexo, se não seria amizade [risos].

Eu e a Mari somos muito amigas, e facilita quando você já tem uma afinidade com outra pessoa.

Leandra Leal
 (Jorge Bispo/Revista VIP)

Acha que, depois desse filme, sua presença vai ficar ainda maior no imaginário masculino?
Não, acho meio bobo se isso acontecer. O filme é mais profundo do que isso.

O foco não é isso, é muito mais o conflito da personagem da Mariana, de ser apaixonada por uma mulher, mesmo sendo casada.

O mais legal é isso, analisar o conceito do amor contemporâneo de você às vezes nunca se prender a ninguém.

Mesmo sendo casado, você investe nisso, tenta chegar em outra pessoa. Esse comportamento nosso me interessa.

Leandra Leal
 (Jorge Bispo/Revista VIP)

Então você acha que a monogamia não cabe mais nesta sociedade?
Acho que a monogamia e a fidelidade são muito necessárias, sim.

Mas me interessam essas mil possibilidades que aparecem quando você encontra outra pessoa e se interessa e só tem um segundo para decidir o que fazer. Como a gente reage a esses impulsos.

E isso de novos casamentos surgindo, e novas famílias surgindo, abre muitas possibilidades.

 

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